Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Esperas...

Imagem
Eu fico por vezes querendo adivinhar seus silêncios, mas é tudo tão incerto que só ouço o cricrilar dos grilos. O que pensa? O que quer? O que sente? (Pausa). Não devo falar, perguntar talvez? Não. Há dor, há saudade, há tristeza... Eu sei... Quanto a mim, tenho vontade de arrancar tudo isso de ti e sofrer sozinho suas incertezas, suas mágoas, sua dor, mas não posso, tenho as minhas próprias dores, dores de alma, dores de distâncias, ausências de você. Então me calo, espero. As esperas são as certezas dos que amam. Eu espero que tudo se acalme. Me espera? Chego já!

Viajar é mudar a roupa da alma.

Imagem
Lembro-me de minha primeira viagem. Mãos suando, coração a mil, ansiedade a flor da pele. Eram poucos quilômetros, mas isso não importava, era a oportunidade de ver as coisas sobre outro prisma. Os anos passaram, a quilometragem mudou, agora lugares mais distantes e culturas e hábitos cada vez mais diferentes, meu coração, entretanto, ainda acelera, o nervosismo ainda acontece de maneira igual. Viajar é dar umas férias a alma, é uma oportunidade de sair do rotineiro e dar asas ao viver.  Sinto a cada dia que a minha alma é do mundo e meu coração não tem país.

O que nos falta...

Imagem
Não é amor o que nos falta, não. Toda gente tem amor, esse sol que é sempre sol, é da natureza dele ser assim. O que varia, como variam os instantes, é a quantidade de camadas de nuvens de confusão, de ignorância, de raiva, de medo, que o encobrem. Tem vez até que acinzentam o céu todinho pra depois fazer a vida chover torrenciais embaraços. Tudo bem, chuva sempre passa, tempestade que seja. Não é amor o que nos falta, não. O que, muitas vezes, nos falta é soltura. É expressão. É desarme. É poder dançar com a vida sem passo marcado. É parar de dar trela pra bobagem. É desacreditar que somos especialistas em afeto. É parar de julgar. É parar de encher barriga de dor. É mudar a faixa do CD que canta o passado com drama.É escolher deixar de chorar pelo sofrimento vivido em 1815. É levar luz pra conversar com a sombra e deixar que as duas se entendam e se tornem amigas. É a ousadia de descolar o umbigo de qualquer orgulho, arrogância e redondezas. Não é amor o que nos falta, não. O