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Mostrando postagens de outubro, 2014

Amor? Como vive? O que come?

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Ah! O amor. O amor é um verbete como outro qualquer no dicionário, uma desculpa para se vender flores ridículas ou para se comer alguém quando bate aquela carência. É uma invenção. Não existe. Morreu. Findou-se. Existiu? Na verdade, aquilo que se chama amor e que daria uma comédia romântica duvidosa e de bilheteria sem expressão nada mais é que fantasia ou apenas pretextos pouco plausíveis para se ter a companhia de alguém, caracterizado pela carência afetiva. Em outras palavras, amor é falta de trabalhar duro, falta de leitura, falta de oração, falta de exercício, falta de porrada. O amor, se é que ele existe mesmo, mata. Mata minha vontade de ser eu para pensar em ser de alguém. Desisto! Mesmo que a vida não esteja lá essas coisas, prefiro continuar vivendo e ao meu modo. 

Eu

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                     Sim, eu decoro poemas pra te dizer. Eu acordo no meio da noite pra velar seu sono. Eu ouço canções pra lembrar de você. Eu cruzo os nossos signos, nossos mapas astrais, observo supernovas, constelações, cometas, tentando achar uma razão cósmica pra essa ligação. Eu vou em sessões de regressão para encontrar você em um cavalo branco correndo na relva de uma cidade medieval ou como revolucionária contemporânea. Os olhos são os mesmos, olhos de Capitu, de ressaca, que pousa em mim e me destrói pra me construir ao seu modo e do jeito que bem quer.

Abaixo às promessas não cumpridas!

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Eu já havia jurado, feito promessa para a Virgem Maria, São José, os arcanjos e outros santos que não mais iria me apaixonar com uma conversa boba e um sorriso de canto de boca. Eu tinha, inclusive, escrito na minha caderneta de telefones, que fica no criado mudo perto da minha cama, inúmeras vezes e em letras maiúsculas o seguinte mantra: NÃO DEVO ME APAIXONAR E/ OU ME ENCANTAR FACILMENTE POR ALGUÉM, como criança de fundamental que precisa internalizar as regras da escola, eu tentava lembrar de meus próprios juramentos, mas não conseguia. Sabe aquela velha história de que promessas, às vezes, são feitas para não serem cumpridas. Eu sou a prova ambulante deste adágio popular. Eu simplesmente não consegui sustentar em mim o juramento outrora feito e me deixei levar pelo sorriso de canto de boca e a conversa desenrolada e sincera. E fiquei ali, absorta, rindo das covinhas no rosto quando ele sorria, dos pequenos poros dilatados de uma adolescência cheia de espinhas e das cantadas to

Respeito e aceitação

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Existe uma linha, ainda que tênue, que separa respeito e aceitação, mas sim ela existe. Talvez seja um critério estabelecido por mim, devido à minha chatice cotidiana, ou algo no cosmos que tenha feito eu bloquear em minha mente que essas duas situações não possam ser simplificadas como uma só.  E não são. Por exemplo, eu respeito que uma mulher apanhe de seu companheiro e aceite continuar com ele por “amor”, mas aceitar que em pleno século XXI, qualquer pessoa jogue o seu amor próprio por conta de algo assim, realmente não aceito. Respeito que alguns gays vivam sua sexualidade de modo escancarado, mas não aceito que você se torne o estereótipo que a sociedade lhe impõe e que você seja apenas a sua opção sexual. Respeito que você ganhe o seu pão de cada dia de maneira desonesta, mas aceitar a ponto de compactuar com suas atitudes, isso jamais.  Respeitar atitudes entra num princípio de poupar-se de discussões e conflitos desnecessários, afinal cada um sabendo de si, realiza aq