Desencontros e despedidas




Até! – disse enquanto cerrava a porta e por entre as frestas olhava você partir. Partindo pra não mais voltar nem pra uma visita ou um café inesperado pela manhã. Você se foi... e eu fiquei. Fiquei triste, desamparado, observando impaciente a hora marcada no relógio do aparador da sala, esperando uma ligação, um contato por carta, e-mail, SMS, qualquer coisa. Mas nada aconteceu. E aos poucos, em doses homeopáticas miúdas, fui me dando conta de que não sentia mais saudade, que tudo era um desencontro, e passei a não ter tanto ódio das conjunções adversativas, aquelas que dão uma conotação contrária ao que já havia sido dito. Ontem estava triste, PORÉM hoje não me encontro assim mais.

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