Sobre a santidade na vida cotidiana



Hoje, uma coisa martelava a minha cabeça, que resolvi compartilhar esse turbilhão de idéias nessas breves linhas. Pensando na vida, me defrontei com algo que até pouco tempo parecia tão inatingível para mim. A santidade.
É, pode ser até uma loucura filosófica ou uma questão existencial, mas fico imaginando o porquê das Sagradas Escrituras nos dizer por diversas que é preciso que sejamos santos da mesma forma que Deus é santo.
Primeiro me perguntei, será que podemos ser considerados santos da mesma forma que Deus o É? A partir daí me questionei sobre outras várias coisas que acontecem na nossa vida que nos afasta desse propósito bíblico e cristão. Então, eis que veio a resposta, quase que imediatamente.
As misérias humanas são fruto de uma não-santidade que provém do poder que sempre buscamos ter, do não olhar para baixo quando estamos no topo de nossas vitórias e deixamos que o nosso coração se abra para amargura e para a soberba. De achar que o mundo gravita em torno do nosso umbigo, e de que as pessoas sempre dependerão de nós e nunca nós delas.
Aí para nos destituir da nossa pose, aparecem em meio à riqueza e ao luxo, pessoas que tem em seus corações a pureza e a coragem de abandonar toda a sua situação confortável e ir a busca das pessoas que tanto necessitam, que precisam mais do que alimentos no Natal ou uma oração na Quaresma, pessoas que precisam de amor e de amar. E são essas pessoas que a cada momento nos mostra o que é ser santo, o que é andar rumo à santidade. São criaturas iluminadas por Deus que vem e nos mostram que é possível fazer algo para melhorar o mundo em que vivemos. Poderia aqui citar, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Francisco de Assis, mas existem tantas Marias, Franciscos, Dulces nesse nosso mundo, não menos importantes que esses aqui falados, que a cada dia enobrece a humanidade e que nos mostra que nem nós não somos um caso perdido.
Nós dizemos por diversas vezes que Deus é injusto, por que uns nascem com muito e outros com nada, no entanto, penso que Ele dá a nós, que temos o muito para o bem, as oportunidades de crescer como filho Dele, estendendo a mão aquele que pouco tem. Em Eclesiástico 2,  fala que o ouro é provado no fogo, e é preciso que nos coloquemos a prova diariamente, colocando pra fora ações, para assim vermos se o presente de que Deus nos dá, que é viver, está sendo usufruído da maneira correta. Pensar na santidade, não é pensar em uma vida em altares de Igreja e sim no altar da vida, ajudando o nosso próximo a subir os degraus rumo à Cristo e a viver uma vida digna em sociedade.



(Escrito originalmente em 09 de março de 2010 como sugestão de tema anual para o Movimento Escalada)

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